quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

                                 Sítio Roberto Burle Marx                                                                                                                                        
“– O jardim é a natureza ordenada pelo homem e para o homem”
 (Burle Marx)
O sítio que hoje funciona como museu foi doado por Roberto Burle Marx ao IPHAN em 1985. Situado na Estrada Roberto Burle Marx  n.º2019, na zona oeste do município do Rio de Janeiro, ele foi residência particular de Roberto Burle Marx de 1973 a 1994, que,  segundo a opinião de diversos especialistas do país e do exterior, trata-se de uma das mais importantes coleções de plantas vivas existentes em todo o mundo.
Lá  foram cultivadas cerca de três mil e quinhentas espécies de plantas com ênfase em plantas tropicais nativas do Brasil.
O SRBM conta ainda com importante acervo museológico e bibliográfico, entre os quais coleções de arte sacra, pinturas e esculturas do próprio Burle Marx e de artistas contemporâneos, arte pré-colombiana, obras de arte popular brasileira em cerâmica  (principalmente do Vale do Jequitinhonha) e madeira, mobiliário e objetos de decoração, bem como uma coleção de conchas.
As visitas são orientadas por guias especialmente treinados que fornecem informações sobre Roberto Burle Marx, sua obra, a coleção de plantas e seus espécies individuais, tendo entre os visitantes pessoas de todas as idades, de todos os lugares, assim com de variadas áreas de interesse.
Independente do grau de conhecimento de quem visita o sitio, seja arquiteto,estudante ,advogado ou qualquer pessoa, todos terão a sensibilidade de perceber,em primeiro lugar a beleza das flores e plantas assim como o diferencial delas ,mas também a forma que ele dispôs estas plantas,num encaminhamento que leva a recantos e caminhos orlados pelas diversas espécies.
Sente-se o alto grau de respeito à natureza, seja com as plantas e sua integração com os prédios ,ou com a preservação de todo o habitat existente. Os guias, muito treinados, são conscientes do papel que estão desempenhando neste espaço.
Vale à pena conhecer!

Abaixo, fotos da minha visita ao sítio:

Helicônia:
Helicônia se assemelha a uma lagosta e também a um macaco, por ser pendular e peluda
Helicônia
Figueira
Figueira originária da Índia é uma das grandes estrelas do sítio. Super embasada num raizame que mais parecem cobras capta irresistivelmente a atenção de todos os visitantes.
Aos pés da figueira, são plantadas gramíneas que emolduram suas raízes dando a impressão de um bicho com seus tentáculos. Assim ele tira proveito de uma espécie e ao mesmo tempo realça a outra...

                                     

Caminhos




                          



Lagartas e ninhos de beija-flor: a natureza preservada




Capela Santo Antônio da Bica
Localizada ao lado da casa de Burle Marx, foi por ele restaurada contando com a assessoria de Lucio Costa e Carlos Leão. Tombada pelo patrimônio estadual, a capela é utilizada por habitantes da região para cerimônias religiosas.
                                                     
Altar capela

A casa de Burle Marx
Encontra-se preservada da maneira como o paisagista a deixou. A varanda, voltada para uma queda d’agua possui em um trecho , uma porta antiga em madeira,muito alta e pesada,onde para insta-la ,Burle Max optou por rebaixar o piso ao invés de levantar o telhado

                               

Porta antiga adquirida por Roberto Burle Marx

Flor no lago em frente a casa




Local onde Roberto pintava




O Pavilhão
Uma das atrações do sítio é o Pavilhão de pouco mais de 400m², composto pela pérgula e cozinha.
Integrado a natureza, o pavilhão reúne várias obras de arte. O teto sustenta um espelho d’água que transborda e forma uma cortina entre a cozinha e a pérgula, caindo num lago, naturalmente povoado de plantas aquáticas. Na pérgula há trepadeiras conhecidas como Flor-de-Jade, “que exibem em outubro/novembro flores de uma rara tonalidade azul-esverdeada, em profusos cachos pendentes que atingem até 2 metros de altura”. Para evitar que ao passar sob a pérgula as pessoas tivessem que afastar as plantas, Burle Marx projetou uma pérgula com pé direito duplo.
Abaixo,de dentro do pavilhão, vista da pérgula

O Cristo dos náufragos: esculpida em cedro branco, exposta na ECO 92, a escultura foi feita pelo mestre Cicero Simplicio do Nascimento, mestre Cicinho do Ceara.




Flor-de-Jade

Imagens do sítio

















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